sábado, 28 de agosto de 2010

PARA NILSOM E LEIDIANE



PARA NILSON E LEIDIANE

Hoje, ao escrever essas palavras em homenagem ao meu filho Nilson e a sua esposa Leidiane, meu coração se enche de orgulho e meu ser se enternece por saber que se ainda ontem ele era pequenino e precisava de meu colo, hoje ele é casado, é pai, é um chefe de família, e que juntamente com sua esposa, estão seguindo caminho da ventura e guiados pelas mãos de Deus .

Manter o casamento e construir uma família, não é fácil, é preciso que haja amizade e concordância entre os dois, e acima de tudo é preciso que a paciência e a tolerância estejam sempre presente para que a união se fortaleça e seja harmoniosa. É preciso que sejam compreensivos e se nutram de amor e carinho para que as pedras que surgem sejam afastadas e não mais voltem, pois só assim o amor triunfa, porque o amor é feito de um pedacinho do céu mas também da realidade da terra, que nem sempre é perfeita. O amor é feito de emoção e alegria, mas também de tristeza e sofrimento, pois é isto que nos faz crescer e nos fortalece. Mas o casal que confia em Deus e tem amor no coração, sempre triunfa e permanece unido.

Mas, vejo com satisfação e alegria, que vocês estão conseguindo levar adiante este sonho, e eu peço a Deus que abençoe esta família com muito amor para que seja unida hoje e sempre, e que além do Guilherme, meu querido neto, ele nos presenteie com uma saudável e linda menina para que a família aumente e se complete.

E que os anjos digam Amém!!!

De sua mãe que os ama muito; Doroni Hilgenberg

terça-feira, 3 de agosto de 2010

WALLACE SOUZA- VELÓRIO E FUNERAIS



WALLACE SOUZA: O VELÓRIO E OS FUNERAIS

A sociedade amazonense experimentou esta semana um acontecimento chocante: O velório e os funerais do ex-deputado Wallace Souza, processado pela Just iça por formação de quadrilha, assassinato e tráfico de drogas. Evidente que todo o enterro é carregado de um ato de emoção, mas o que se viu foi o ato deliberado do acontecimento como ato político eleitoral. Mas não é de política que eu estou falando mas do esgoto desta . Enterrar mortos sempre foi considerado um ato político.
Na antiga Grécia, Antígona, filha de Édipo, tomada pelo dever familiar, enfrenta o poder estabelecido e decide fazer o enterro de s eu irmão Polínices, acusado de traição e condenado a morte e a ter o corpo atirado aos abutres. Antígone, desobedece as ordens de Creonte, o Rei, e realiza o sepultamento, fazendo deste ato um protesto político. O gesto de Antígone, celebrado ao longo dos séculos pelos dramaturgos e poetas, representa a integridade do indivíduo frente ao poder discricionário. Ainda na arte, há o velório de Júlio César, na escadaria do Senado Romano, e o famoso discurso de Marco Antonio, imortalizado por William Shakespeare. Esses exemplos grandiosos que tocam profundamente a alma humana pelo mistério da morte, não mais se repetiram no século XX. E a tendência do século XXI é de se banalizar ainda mais a morte e seus rituais.

O nascimento das sociedades de massas analisadas por Ortega Y Grasset, liquidou com o que restava de sagrado nas exéquias e o respeito pelos mortos. Os funerais passaram a ser menos preito e sinal de respeito que espetáculo. E os pioneiros foram os nazistas que em 1.939, transformaram um arruaceiro morto durante os enfrentamentos de rua, em herói, com direito a um espetacular cortejo fúnebre. Ali, naquele ato de provocação, estavam lançados os germes da manifestação populista: glorificação da transgressão através do crime; irracionalismo e estímulo aos instintos primários. Era o que William Reich poria a nu em seu ensaio “ A Psicologia de Massas do Fascismo”. Reich testemunhou a desintegração política que ocupou a cena mundial numa conjuntura que fazia a edição de uma guerra de larga escala, a Primeira guerra Mundial, com a crise econômica de 1929, que deixou a classe trabalhadora no desemprego e reduziu a miséria países como a Alemanha, afogada pela derrota e estrangulada pelas indenizações resultantes da capitulação. O resultado foi a ascensão de ideologias autoritárias, como o fascismo e o nazismo, que se aproveitou do estado de depressão econômica e baixa estima das massas depauperadas para instilar conceitos de superioridade racial, apelos aos instintos primários, culto ao irracionalismo e subserviência política com muita repressão. Não é de espantar que os caudatários dessa ideologia de lumpesinato fossem os políticos latinos americanos .

O populismo cleptocrático que grassa nesta parte do planeta é uma versão supostamente benigna do fascismo, já que tirando a idéia de superioridade racial, que não faria sentido numa sociedade miscigenada, os outros componentes ideológicos estão presentes aqui, tão vivos quando na Itália dos anos 30. Pior, ainda mais arraigados nas emoções primitivas das massas com baixíssima escolaridade, bombardeadas pela barbárie das mídias.

O populismo é hostil à inteligência, e não devemos nos surpreender que o Amazonas esteja na rabeira dos índices de aproveitamento escolar do país. Mas os meus sete leitores, devem estar se perguntando: o que isso tem a ver com os funerais de herói da Patria do senhor Wallace?
Tudo eu diria!
Assim como o enterro do arruaceiro nazista, este funeral nos envergonha e nos mete medo pela deslavada canonização de um péssimo exemplo de vida e ação política. Uma sociedade que tolera isso perdeu o rumo, nega a civilização e nos faz reféns de sinistros interesses. Sem querer ofender os trogloditas, politicamente o Amazonas ainda esta na era da PEDRA LASCADA.

Marcio Souza – Escritor Amazonense. Jornal “ “ A CRITICA” 1 082010

Marcio Souza-