
A VINGANÇA
Naquela tarde Márcia havia caprichado no visual porque queria ir numa reunião de escritores na Academia. Um famoso escritor estaria autografando seu livro e ela queria conhecê-lo, além de adquirir o livro. Já que ela não dirigia e não gostava de pegar táxi sozinha à noite e nenhuma amiga estava disponível naquele tarde para acompanhá-la, esperou que seu marido chegasse do trabalho e pediu-lhe para levá-la à Academia.
Por azar, ele chegou aborrecido sabe-se lá com o que e não quis levá-la.
Por mais que Márcia lhe pedisse e lhe dissesse que não precisava esperar, ele não quis fazer-lhe o favor, não a levaria e ponto final. Depois de tanto tempo casada Marcia já sabia,
que qualquer discussão depois de um categórico não, era pura perda de tempo e paciência.
Conformou-se, mas lhe disse que mais cedo ou mais tarde também lhe diria um grande NÃO. Ficou ruminando uma vingança mas uma boa oportunidade não aparecia assim tão fácil.
Por mais que Márcia lhe pedisse e lhe dissesse que não precisava esperar, ele não quis fazer-lhe o favor, não a levaria e ponto final. Depois de tanto tempo casada Marcia já sabia,
que qualquer discussão depois de um categórico não, era pura perda de tempo e paciência.
Conformou-se, mas lhe disse que mais cedo ou mais tarde também lhe diria um grande NÃO. Ficou ruminando uma vingança mas uma boa oportunidade não aparecia assim tão fácil.
E o Anjo a dizer-lhe esqueça e o demônio sempre a lembrar-lhe.
Uns dias depois, apareceu uma ótima oportunidade . Ele havia passado no shopping e comprado umas calças, tão logo as experimentou, viu que estavam compridas demais.
Chamou Márcia e lhe disse:
--Meça aqui meu bem, e faz a barra para mim...
--Eu? Fazer as barras das tuas calças? Não faço não!!!
--Faz sim!
--Não faço e pronto! Ele também já a conhecia...
Pois não faça disse ele aborrecido, eu levarei a uma costureira.
Uma semana depois, as calças estavam de volta da costureira, mas ele não as usou de imediato. Márcia deu uma olhada nas calças e foi ai que o demônio começou a cutucá-la embora o Anjo fizesse ver que era pura maldade. Mas uma risadinha safada tomou conta dela, pois a idéia que o demônio lhe dera, já havia tomado forma.
Quando por fim, seu marido resolveu usar uma das calças, pegou bem “aquela”. Márcia deu uma olhada como quem não quer nada e ficou por isso mesmo. Se ele notou alguma coisa também não falou nada e foi trabalhar. Quando veio almoçar, ele olhava de uma perna para outra até que perguntou à filha:
--Você não acha que esta calça esta com uma perna mais curta que a outra?.
--Nossa pai, está sim, que costureira você arrumou heim?
Ai, ele tirou a calça mais que depressa e pediu com toda a delicadeza se Márcia podia arrumá-la, que “ naquela costureira dos diabos” ele não voltava mais.
Esta certo, Márcia respondeu, segurando o riso e com a cara mais inocente possível - deixe em cima da cama que eu conserto como puder.
Depois disso, por uns bons tempo, mesmo não gostando, ele não se recusou a levar Márcia onde quer que ela quisesse ir. Mas o que ele nunca soube, foi que o serviço sujo na calça dele, não foi a costureira quem fez, e sim sua endiabrada esposa.
“As vezes, só por malandragem, o demônio nos cutuca e nosso anjo acaba rindo”.
Uns dias depois, apareceu uma ótima oportunidade . Ele havia passado no shopping e comprado umas calças, tão logo as experimentou, viu que estavam compridas demais.
Chamou Márcia e lhe disse:
--Meça aqui meu bem, e faz a barra para mim...
--Eu? Fazer as barras das tuas calças? Não faço não!!!
--Faz sim!
--Não faço e pronto! Ele também já a conhecia...
Pois não faça disse ele aborrecido, eu levarei a uma costureira.
Uma semana depois, as calças estavam de volta da costureira, mas ele não as usou de imediato. Márcia deu uma olhada nas calças e foi ai que o demônio começou a cutucá-la embora o Anjo fizesse ver que era pura maldade. Mas uma risadinha safada tomou conta dela, pois a idéia que o demônio lhe dera, já havia tomado forma.
Quando por fim, seu marido resolveu usar uma das calças, pegou bem “aquela”. Márcia deu uma olhada como quem não quer nada e ficou por isso mesmo. Se ele notou alguma coisa também não falou nada e foi trabalhar. Quando veio almoçar, ele olhava de uma perna para outra até que perguntou à filha:
--Você não acha que esta calça esta com uma perna mais curta que a outra?.
--Nossa pai, está sim, que costureira você arrumou heim?
Ai, ele tirou a calça mais que depressa e pediu com toda a delicadeza se Márcia podia arrumá-la, que “ naquela costureira dos diabos” ele não voltava mais.
Esta certo, Márcia respondeu, segurando o riso e com a cara mais inocente possível - deixe em cima da cama que eu conserto como puder.
Depois disso, por uns bons tempo, mesmo não gostando, ele não se recusou a levar Márcia onde quer que ela quisesse ir. Mas o que ele nunca soube, foi que o serviço sujo na calça dele, não foi a costureira quem fez, e sim sua endiabrada esposa.
“As vezes, só por malandragem, o demônio nos cutuca e nosso anjo acaba rindo”.
Doroni Hilgenberg
OB. Conto classificado entre os 100 melhores no Concurso da Revista Claudia., e pelo qual eu ganhei o livro autografado de Paulo Coelho “ O Demônio da Srta. Prym.- 27-10-2.000
OB. Conto classificado entre os 100 melhores no Concurso da Revista Claudia., e pelo qual eu ganhei o livro autografado de Paulo Coelho “ O Demônio da Srta. Prym.- 27-10-2.000