A LENDA DO GUARANÁ
Conta a lenda que um casal de índios Maués, viviam juntos a muitos anos e ainda não tinham filhos. Um dia, pediram a Tupã para dar-lhes uma criança. Tupã atendeu o desejo do casal e deu-lhes um lindo menino, que cresceu cheio de graça e beleza e se tornou querido de toda a tribo.
No entanto, Jurupari, o Deus da escuridão e do mal, sentia muita inveja do menino e decidiu matá-lo. Certo dia, quando o menino foi coletar frutos na floresta, Jurupari aproveitou para se transformar numa serpente venenosa e matar o menino. Neste momento, fortes trovões ecoaram por toda a aldeia, e relâmpagos luziam no céu em protesto.
A mãe, chorando em desespero ao achar seu filho morto, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã. Em sua crença, Tupã dizia-lhe que deveria plantar os olhos da criança e que deles nasceria uma nova planta, dando saborosos frutos, que fortaleceria os jovens e revigoraria os velhos. E os índios, plantaram os olhos da criança e regavam todos os dias. Logo mais, nesse lugarzinho onde foi enterrado os olhos do indiozinho, nasceu o Guaraná, cujos frutos, negros como azeviche, envoltos por uma orla branca em sementes rubras, são muito semelhantes aos olhos dos seres humanos.
O GUARANÁ
O Guaraná é um arbusto trepador pertencente à família das Sepindáceas, Paullinia Cupana. Sua casca é escura e as cascas são pinadas. As flores de tamanho médio são muito aromáticas, e os frutos, vermelhos e brilhantes, quando secos tornam-se pretos. O Guaraná é muito empregado como planta medicinal para evitar a arteriosclerose, e auxiliar nos problemas do coração e das artérias, funcionando como um notável cardiovascular. Pode também ser usado como sedativo e adstringente intestinal, na ocorrência de diarréias crônicas. Suas sementes após torradas e moídas, convertidas em massa, é utilizadas no comercio como pó de guaraná, e serve para o feitio de refrescos e refrigerantes.
A FESTA DO GUARANÁ
A primeira festa do guaraná realizada em Maués, ( a 260 Km de Manaus), deu-se em novembro de 1979, com o apoio da prefeitura e do governo do Estado do Amazonas. Este evento foi criado como forma de homenagear o produtor de Guaraná, que é a base de sustentação do município de Maués, atraindo novos investimento e divulgando o guaraná além de suas fronteiras. Em 1.980, a festa do Guaraná ganhou espaço internacional, quando foi transmitida pelo fantástico pela Rede Globo de televisão. Em 1.995 , a festa do Guaraná passou a ser transmitida via Satélite pela Rede Amazônica de Televisão. Esta festa é muito bonita, pois é realizado o concurso de Rainha do Guaraná, apresentada a lenda do Guaraná e os rituais de tucandeira e outras manifestações culturais do município. E como se vê, a planta trouxe realmente progresso para a tribo, devido ao abundante comércio de suas mudas , que são cultivadas em sua maior parte pelos índios Maués.
Doroni Hilgenberg
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http://www.overmundo.com.br/banco/a-lenda-do-guarana
gostei do li, uma bela lenda.
ResponderExcluiradoro seu estilo, um grande abraço e obrigado por me dar a honra de acompanhar meu blog isso é muito gratificante pra mim, um ótimo final de semana.
W. Marques,
ResponderExcluireu que agradeço
e ter vc seguindo meu Blog também é prazeroso e gratificante
bjs
Doroni:
ResponderExcluirÉ importante plasmar culturas regionais
Trazer para a comunidade pérolas como essa
Parabéns, querida amiga !
obrigada Ivan,
ResponderExcluirtê-lo em meu blog lendo e comentando meus escritos me deixa estremamente feliz.
bjs
Doroni!
ResponderExcluirNem imagina como gosto de ler as lendas amazônicas que conta! Terminando uma, bem que devia contar outra. Gosto das histórias e da maneira com que as conta.
Na semana que passou, conversei com uma senhora que trabalhou com índios em Rodônia durante 20 anos. Contou-me ela que conheceu uma tribo em que todos eram filhos do boto. Lembrei-me de você.
Bjs.
Nossa Roberto,
ResponderExcluirOu este Boto era muito esperto ou toda a tribo se deixou enganar porque quis.
Vou ver mais algumas lendas...
E é gratificante tê-lo em meu Blog
bjs
Bom ver nossa cultura e nosso folclore e nossas histórias sendo propagadas.
ResponderExcluirParabéns, Doroni!