quarta-feira, 6 de maio de 2009

DIBS, EM BUSCA DE SI MESMO

Toda a criança precisa de atenção e carinho
DIBS, EM BUSCA DE SI MESMO

RESENHA


Em seu comovente relato, a autora nos põe em contato com o traumático mundo de Dibs, uma criança que não falava, não brincava e que vivia perdido em si mesmo, muitas vezes tendo violentos acessos de raiva que deixava confusos o pediatra e o psicólogo que tratavam dele na escola. Mas o pequeno Dibs tinha uma inteligência rara e um QI elevadíssimo que, sem o apoio incondicional e o amor da família tradicional, exigente e extremamente conservadora, não encontra campo para se expandir, tornando-se assim, um menino arisco, problemático e fechado em si mesmo, mas ciente das coisas e de tudo o que se passa ao redor, assimilando sozinho seus aprendizados, conhecimentos e conquistas, as quais, devido a sua pouca idade, ainda não tinha noções de sua utilidade e se sentia perdido entre o mundo da criança e o mundo do adulto, o mundo da fantasia e o mundo real, entre o certo e o errado e entre o bem e o mal.

Ciente do que fala em seu livro, a autora Virginia Axline, que também é técnica em ludoterapia e tratamento de crianças com distúrbios emocionais, nos revela o mundo novo que vai se abrindo para Dibs quando este começa a freqüentar as aulas de ludoterapia e em contato com a professora que o entende e o estimula, que não lhe faz cobranças e nem o castiga, deixa-o livre com diversos brinquedos e conversas á sua vontade, ele vai adquirindo confiança e se sentindo cada vez mais seguro de si, e percebendo o seu valor vai encontrando o seu próprio caminho.
E, é por uma simples janela da sala de aula que ele consegue ver o mundo com os olhos de um outro Dibs, mais alegre e consciente de si mesmo, sabendo quem é, o que quer e o seu valor como ser humano num mundo onde impera o preconceito e a intolerância.

Ao ler o livro, fiquei emocionada com a história de Dibs e indignada com o tratamento que o pai ( uma pessoa culta) dispensava ao pequeno, pois além de não lhe dar atenção, ainda o chamava de idiota, palavra que jamais deve ser dita para uma criança em desenvolvimento e não é aceitável que um pai possa tratar o filho como idiota, uma palavra pesada e de conseqüências nefastas no cognitivo emocional de uma criança, ainda mais quando vindas de pessoas que tem por obrigação de transmitir conforto, amor e carinho. Quanto à mãe, logo teve a certeza de que seu filho não era tão mau como o pai apregoava, ele precisava de amor e atenção e sobretudo, respeito pelo seu modo de ser.

Apesar de ter pouca coisa em comum, a não ser os meninos com uma inteligência rara e incompreendida, a história de Dibs, me fez lembrar de outra: “ Meu pé de Laranja Lima”
cujo autor é José Mauro de Vasconcellos. Ele nos conta a história de Zezé, um menino que incompreendido pelo pai, ganhava surras enormes cada vez que aprontava suas traquinagens. Mas ao contrário de Dibs que não tinha amigos, Zezé tinha como confidente um Pé de Laranja Lima, e uma irmã como amiga que sempre velava por ele. Também havia um taberneiro, seu Portuga, que gostava muito do garoto, mas infelizmente morre no inicio da história deixando-o
só e inconsolável, mas aprontando cada vez mais e apanhando também.

Seja como for, trazendo lembranças diversas ou mexendo em nossa consciência, fazendo-nos sentir como é a vida de uma criança fechada e perdida em si mesma, a história de Dibs é triste
e comovente, de uma utilidade sem tamanho na área de medicina alternativa e deve ser lida e entendida por todas as pessoas que exercem a profissão com crianças excepcionais
e problemáticas em qualquer campo da psiquiatria e da pedagogia, que tem por obrigação orientá-las e ajudá-las a encontrar seu caminho. É aconselhável também para todos os pais intransigentes e conservadores que não entendem que é através de uma série de procuras e descobertas, de erros e acertos e principalmente de aceitação, que toda a criança, quer seja problemática ou não, vai se encontrando e delineando seu próprio caminho.


Doroni Hilgenberg

Resenha do Livro:
Dibs, em busca de si mesmo
(psicoterapia infantil)
autora: Virginia M. Axline
tradutora: Célia soares Linhares
editora : Agir, RJ. 2.001
22* edição
Editado no Overmundo

7 comentários:

  1. MAMÃE MEU ANJO BOM



    Com o seu Amor sem fim

    A minha Mãezinha querida,

    Sempre, sempre, cuidando de mim.

    Eu ainda na sua barriga,

    Ouvia aquela voz amiga,

    Acariciando-me assim.



    Ela andava, eu me balançava,

    Dentro da bolsa d’água, protegida,

    Ela cantava aquela "Canção tão linda!"

    Que era para eu nanar.

    A que hoje em lembro bem,

    "Dorme, dorme Neném!!!



    Eu nasci, cresci, estou aqui,

    Abraçada a esse "Anjo Amigo"

    Que se, preocupa comigo.

    Aliais, preocupa-se com todos nós,

    Parte dessa grande família,

    Que u'a maravilha!!!



    Pois então vamos cantar!

    Pra homenagear, a "Rainha do Lar!"

    Que é esse "Anjo da Guarda!"

    De todos em volta Dela!

    Um Buquê.de rosas amarelas,

    Rosas brancas, vermelhas,

    Uma grande variedade,

    Uma grande e linda "Aquarela!"

    Tudo de bom, o que há de melhor para Ela!!!



    Viva a Mamãe tão querida,

    Viva a Mãe Santíssima!

    Nessa data para nós a mais linda,

    Viva as Mães da Humanidade de Cima!!!



    VIVA JESUS!



    28/04---10/05/2009

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  3. Poeta da baixada,
    mas alguma coisa saiu errado,
    não consegui entrar em seu Blog
    abraços
    Doroni

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  4. Doroni,
    Essas ironias apesar de frustrantes, são muitas vezes engraçadas... Eu de fato não tenho tempo para essas traduções e por isso vou ficar de fora do Overmundo por um tempo, limitando a ampliação de minha rede...
    Mas, o lado bom e de certa forma engraçado dessa ironia é que estava à procura de um livro, como esse da resenha, para me inspirar um pouco mais com minha filha que está um tanto Dibs.
    Grato pela dica!
    Eurico

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  5. Olá Doroni,
    grata, em nome do Grupo de Teatro Pé-no-Chão, pela visita. Gostei muito dessa resenha...
    sejamos criança, jovem, adulto ou idoso, tudo que queremos é ATENÇÃO. Tem uma música de Vander Lee que diz os seguintes versos:
    "Faço de conta que sou levada, pra ser levada em conta", eu achei fantástica a forma que ele encontrou de dizer que o ser humano precisa de um olhar que venha do coração, que aprecie o nosso eu, o que fazemos, o que somos.

    um grande abraço.

    Lu!

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